sexta-feira, 5 de julho de 2013

Há frutos a serem saboreados



Ouvindo uma pessoa hoje, estávamos falando sobre a prática e ela me contou sobre a sensação do sofrimento, um sofrimento que havia no passado e que no momento não existe mais, mas o interessante é que as condições em si são as mesmas, a mesma vida, os mesmos problemas, as mesmas doenças, as mesmas pessoas.

Talvez na verdade eu possa adivinhar, que dado que o tempo passa , na realidade as condições são piores. No entanto surgiu tranquilidade e o sofrimento desapareceu, essa é uma coisa maravilhosa, porque mostra a capacidade da prática Budista de mudar a perspectiva com relação à vida.

Porque o sofrimento é construído, nós o construímos de acordo com as condições, mas a felicidade está disponível. A felicidade está plenamente disponível. Tem uma famosa história Zen de um homem que cai em um precipício, ele estava sendo perseguido por um tigre. Ao cair, ele se agarra à um arbusto que havia na beira do precipício, olha para baixo e vê outro tigre. Percebe, então, dois ratos roendo a raiz do arbusto, um rato preto e outro branco. Ele observa que no arbusto existem umas frutas vermelhas. Então ele segura-se firmemente com uma das mãos, com a outra estende e pega uma das frutinhas e coloca na boca. “Que gostoso” ele diz. Alguém arrisca me dizer o que representam os ratos preto e branco? 

O rato branco é o dia, o rato preto, a noite.
A cada momento, eles, dia e noite, roem a raiz de nossa vida. O arbusto irá se romper e nós vamos cair com ele, onde o tigre nos espera. O que nos resta fazer senão comer as frutas doces da vida? Existe a famosa pergunta, “qual o sentido de existir?”, “para que tudo isso?”, a resposta é: “Porque há frutos vermelhos doces para serem saboreados”. 
(continua)