sexta-feira, 24 de julho de 2009

Nihilismo e eternalismo


"Devido à forte crença na dualidade eu-outro, há a permanência da separação sujeito-objeto e o dualismo de eternalismo versus niilismo.

Nossa tendência normal é crer que as coisas existem permanentemente (o que é o eternalismo), mas nada é permanente, e quando há mudança, isto nos perturba pois cremos no permanente. A realidade do mundo nos confronta. Assim, não é a mudança que traz o sofrimento, mas é a crença no eternalismo. Isto traz o sofrimento até nós. Os fenômenos existem interdependentemente. Tudo existe assim, e o que é interdependente não é permanente. A outra alternativa seria o niilismo, a inexistência de tudo.

Criado o conflito do eternalismo versus niilismo, estamos, de qualquer maneira, presos à dualidade. Portanto, geramos o sofrimento tanto de um extremo como do outro. Esta noção dual de sujeito-objeto nos induz ao surgimento de atividades mentais como agressão, raiva, desejo, apego, ignorância, ciúme, etc..."

Jamgon Kongtrul Rinpoche

Além deste ponto há que considerar que existe continuidade nossa e pertencimento, porém não existe continuidade do EU. Alcançar a compreensão de nossa mente original não-nascida, nossa verdadeira natureza, é eliminar nascimento e morte e toda angústia e sofrimento.
Genshô