quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O zen deve ficar distante dos negócios?


Este pensamento é uma deturpação dos ensinamentos, uma crença do sec XIX de que só existe trabalho com a dualidade da luta, desde os tempos de Buddha foram comerciantes e homens ricos seus grandes apoiadores, o Sutra de Vimalakirti, um importante texto Mahayana, coloca um rico comerciante em posição eminente junto aos maiores discípulos do Mestre. Se o zen budismo, não pudesse influir em todas as atividades lícitas humanas, ele seria uma disciplina espiritual inútil, restrita aos ascetas escondidos em lugares longe de todos.
Pelo contrário, o primeiro voto do bodisatva fala em "mesmo que os seres sejam inumeráveis eu me comprometo a liberta-los todos", seria impossível cumprir o primeiro voto, ou sequer tentar faze-lo, discriminando os seres e fugindo dos que empreendem atividades produtivas.
Vimalakirti diz a discípulos de Buddha em um famoso diálogo: "Meu mosteiro é na cidade, lá onde estão os que sofrem, os que precisam de emprego e trabalho"