terça-feira, 30 de novembro de 2010

ZAZENKAI DE CONFRATERNIZAÇÃO 2010


ZAZENKAI DE CONFRATERNIZAÇÃO 2010

A COMUNIDADE ZEN BUDISTA de Florianópolis tem o prazer de convidá-lo para o nosso tradicional "Zazenkai de Confraternização" (leve seu companheiro(a), filhos, amigos e quem mais você quiser...) para o Zazenkai de confraternização.

Dia: 05 de dezembro de 2010 (domingo)
Horário: das 08:30 às 17hs.
Local: Sítio do Guilherme Gimyô. (Águas Mornas, SC)

Sítio em Águas Mornas (depois de Santo Amaro), localidade Rio Antinhas, km 48, à 50km de Florianópolis. Devemos sair do primeiro Posto de Gasolina da Via Expressa sentido ilha-continente às 8 horas.
O almoço será comunitário, tragam algo saudável para compartilhar. Cada um deve contribuir com um prato doce e outro salgado (vegetariano), além de suco natural.

Solicitamos que os interessados em participar confirmem presença até a próxima quinta 02/12. Quem estiver com o carro disponível para levar outros praticantes, por favor, o encontro será na sede da comunidade às 8:00h. A saída será no primeiro posto de gasolina da via expressa às 08:30 pontualmente.

Venham todos e convidem os amigos que gostariam de conhecer nossa sangha.

Vejam as fotos do ano passado
Maiores informações com Juliana Sussetsu (48) 9971-1323 ou juliana@chalegre.com.br

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Suicídio, perda de oportunidade


Aí está um ponto digno de comentário, o suicídio é visto normalmente pelo suicida como uma forma de sair de um estado mental, afinal é tão insuportável o que se está vivendo que melhor conseguir uma maneira de "parar" tudo.
O problema é que na verdade nada cessará, o estado mental presente no momento da morte determina o estado futuro daquela onda cármica, e assim será muito influente em qualquer manifestação posterior que venha a ocorrer.
Visto assim o suicídio é a perda de uma oportunidade de solver o presente e uma projeção para o futuro de tudo o que está aqui e de forma bem menos controlável.
Este mesmo argumento pode ser usado para explicar porque a pena de morte não seria uma solução em absoluto para o problema de conduta, simplesmente acrescenta e consolida a situação cármica projetando-a para o futuro.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Humildade


Dai-en Benage Roshi

P: Então o orgulho é sempre repreensível e a humildade verdadeira (oposta ao orgulho e ego) é "elogiável"?
E se deve cotidianamente empreender esforço mental direto para aplacar o orgulho e o ego ou não (acontece naturalmente com a prática sem preocupação direta com isso)?
E então essa humildade inclusive não se trata de virtude?

R: Nos preceitos está escrito não elevar os outros nem a si mesmo, não rebaixar os outros nem a si mesmo.
Elogio é opinião alheia e portanto sem significado , como qualquer opinião, mesmo as nossas.
Um empenho em ser humilde não funciona, é mais uma busca de um objetivo. Com esforço nào se obtem nada, porém sem esforço não chega a lugar algum.
Se humildade é ou não virtude nào tem importância alguma.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mestre e aluno, reconhecimento


Professora de música Anne Chalegre e uma aluna em Köln, Alemanha.

P: Pode-se perguntar a um mestre se ele é iluminado?

R: Esta pergunta não se faz por etiqueta no zen, existe um reconhecimento oficial do mestre chamado transmissão mas é uma cerimônia reservada. Os que tem realização reconhecem seus irmãos, os que não tem não podem perceber e também podem ser facilmente enganados, então a declaração seria inútil por inverificável, por esta razão esta pergunta é sempre respondida com um "não".

P: Mas como um pupilo poderá ter confiança no seu mestre em indicar o caminho, se ele não sabe se ele o percorreu?

R: Quem indaga deve saber como se interroga, e no zen não se pergunta, se um aluno procura um mestre precisa confiar nele, se ele fizer uma pergunta destas corre o risco de não ser aceito jamais, além do que deve-se ficar ao lado do mestre durante anos antes dele aceitar o discípulo. Fica-se praticando e examinando e sendo examinado.
Nenhum diploma ou atestado de iluminação proveniente de um mestre pode provar que ele é adequado, e por mais afirmações que se fizessem cada uma poderia ser posta em dúvida, portanto esta afirmação de iluminação nada vale e nenhum atestado dela existe que seja absolutamente confiável. E se alguém disser "eu sou iluminado" certamente não o será porque é um EU auto referente falando, veja a resposta de Bodhidharma ao imperador Wu: P: Quem é você na minha frente? R: Não faço a menor idéia.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tudo dá no mesmo?



P: Analisando algumas religiões,seita e movimentos iniciáticos, pude observar que as formas ou os ritos utilizados podem ser diferentes, porem, me parece que o objetivo é comum a todos...
- no cristianismo: o êxtase...
- nas ordens iniciáticas - são direcionados a elevar a capacidade mental....
O transcender, o êxtase, o aumento da capacidade mental ou mesmo uma fé ilimitada não seria o mesmo que obter um "satori", só que menos intelectualizado?

R: Êxtase não é satori nem iluminação, cada caminho é diferente e com metas diversas, só aparentemente há identidade embora hajam similaridades maiores ou menores de acordo com o caso.

P: Me pareceu, em sua resposta, que só a sua religião está certa?
O objetivo, não é uma " consciência cósmica"?

R: Não, apenas quis dizer que há diferença entre cada objetivo, e diferença entre os conceitos. Não há certos ou errados aí, apenas diversidade.
Não usaria este termo de consciência cósmica, o budismo diz que não há nenhuma consciência cósmica com a qual se unir.
Gostaria de dizer que tentar igualar tudo em uma mesma coisa é uma perda desta riqueza, embora exista um fundo comum interessante bem abordado por Huxley em " Filosofia Perene" livro que creio que ainda possa ser encontrado, e também na descrição de " O rei do mundo" de Guénon. Porém este fundo comum místico convive bem com a diferença de objetivos e métodos das diferentes escolas, fato que ocorre mesmo dentro do budismo em si (há escolas iniciáticas budistas como o Shingon e o Tendai)
Como sempre as palavras nos atrapalham, o zen não é superior, nem tem uma verdade para propagar, é somente um método, útil para as pessoas que se adaptam a ele. Outras formas são não somente úteis como necessárias visto as pessoas serem diferentes.
Nas línguas orientais em geral a palavra religião não existe, falamos em Buddhadharma em sânscrito e Budakyô em japonês, em ambas o significado é " ensinamento de Buda" .

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Encontro de Monges no Busshinji



Encontro de Treinamento e Reciclagem de Monges – 2010

Foi realizado, de 8 a 12 de novembro, no Templo Busshinji de São Paulo, o “Soryo Kenshû Kai” (Encontro de Treinamento de Monges), sob a orientação do Mestre Saikawa Roshi. Vindo de várias partes do país, dois postulantes e 13 “unsui” (monge-em-treinamento) nas graduações de “jôza” (noviço) e “zagen” (monge-aprendiz) participaram. Houve zazen, práticas de liturgia, aulas, prática de “oryoki” e palestras do darma.
Na foto aparecem dois monges noviços de Florianópolis, Jüshin San e Tokushi San.

(Texto e foto do Blog de Monja Isshin)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estudar a si mesmo


Akiba Roshi, em Yokoji, 2010.

“Estudar o Caminho é estudar a si próprio. Estudar a si próprio é esquecer-se de si próprio. Esquecer-se de si próprio é tornar-se iluminado por todas as coisas do universo. Ser iluminado por todas as coisas do universo é livrar-se do corpo e da mente, de si próprio e dos outros, neste momento, até mesmo os traços de iluminação são eliminados, vida com iluminação sem traços continua para sempre.”

Dogen Zenji

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O Satori do Zen


O satori do Zen Soto é, pois, o redescobrimento do estado original esquecido, além de todas as observações de que é suscetível a consciência saída do cérebro frontal; deixa de ser, portanto, subjetivo, para ser totalmente objetivo.
O zazen, que é a essência do ensino do Buda e dos Patriarcas que lhe sucederam, permite a ultrapassagem de todas as contradições; é um salto para além das categorias, é Hishiryo, o pensar não-pensado, o pensar oriundo do não-pensamento. Todos os fenômenos que chegam aqui e agora não se distinguem do satori, constituem o verdadeiro satori, a verdadeira natureza de Buda. Na natureza de Buda não existe forma nem não-forma.

Zazen tem um gosto muito simples, leve, quase neutro.
Se dermos gosto ao zazen, fá-lo-emos vulgar.
É semelhante ao largo céu.
E ao oceano sem limites.

O satori é unificação, unidade, não-separação. O próprio zazen é satori. A ação é a certificação do satori. O satori não é, pois, um acontecimento, mas um estado permanente que subsiste até a morte. Entretanto, nem por isso devemos esperar entrar no caixão para obtê-lo, será tarde demais. Para cada pessoa, o satori é, a um tempo, diferente e idêntico, como a Lua que se reflete tanto numa gota de orvalho ou numa gota de xixi de cachorro quanto no oceano. Cumpre rejeitar tudo, corpo e espírito, para que o zazen nos acompanhe; seguimo-lo sem fazer uso da força, da consciência. Inconsciente, natural, automaticamente, nós nos separamos das ilusões e obtemos o satori.
A postura do zazen é o satori.
O zazen deve arrastar o pensamento humano na direção do Buda, da ordem cósmica. A postura do zazen é semelhante à postura alongada do leão, ao rugido do dragão. É digna do máximo respeito.
Quer estejais sentado, de pé ou deitado, deveis ser parecido com o rei dos leões, que permanece totalmente livre e forte, bravo e sem medo; se outras pessoas vierem ver a vossa postura, esta deve ser tal que elas não possam aproximar-se, tamanha a dignidade que dela emana.
Rejeitai, num só golpe, todo pensamento e todo saber e, se fizerdes Shikantaza e sentardes em zazen abandonando tudo, pouco a pouco vos familiarizeis com o satori. Atingireis então o Caminho utilizando o corpo de modo apropriado, especialmente se vos sentardes.

‘O ANEL DO CAMINHO – Palavras de um Mestre Zen’, de Taisen Deshimaru, Editora Pensamento.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ainda me enfureço, que fazer?


R: Nós temos tres estágios de prática, de corpo, de fala e de mente. Você está narrando progressos em sua prática, mas quando não aprendemos a controlar o corpo é aí que começamos, não agindo, mesmo que as palavras saiam de nossa boca, a seguir temos que aprender a, mesmo que a mente se enfureça, ficarmos de boca fechada, e ao fim, atingir o estágio em que sequer a mente se envolve nos sentimentos, eles nem surgem. Continue com a meditação, mas pratique também a disciplina (sila).

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Questão de crença


Duas histórias zen:
- Mestre, o senhor aceita tudo que o seu grande mestre lhe ensinou?
- Aceito metade e rejeito metade.
- Como o senhor pode rejeitar algo de seu grande mestre??
- Se eu aceitasse tudo não seria digno de meu mestre!

- Mestre, nos sutras está escrito que...
- Pare de me citar os sutras, eu não gosto das palavras de Buda!
- Mas mestre, como vou responder ???
- Dê-me suas próprias palavras!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Existe Destino?


Não há destino, tudo é ação e consequência, no entanto marcas cármicas que vivemos em uma vida se manifestam em outra vida, com outra identidade, com suas consequências. Mas o que é importante é que você pode mudar seu karma, pode modifica-lo com as ações corretas. Boas ações produzem belas consequências cedo ou tarde.
Portanto desconsidere qualquer outra explicação e olhe para a frente. Se tomar as iniciativas corretas, se agir determinadamente, naturalmente os rumos da vida se alterarão.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Terra da Plenitude


Foto do último sesshin de iniciantes em Florianópolis.



"Ó Saiichi, onde fica a tua Terra da Plenitude?
Minha Terra da Plenitude fica aqui mesmo.
E onde fica a fronteira
Entre este mundo e a Terra da Plenitude?
Os olhos são a fronteira."

Asahara Saiichi

Lembro aos praticantes zen budistas próximos à Florianópolis que o sesshin de iniciantes, (retiro), do próximo fim de semana, é o último que dirigirei este ano de 2010, vejam cartaz na postagem do dia 2 de novembro. O sesshin de iniciantes é especialmente programado para facilitar a prática para os que nunca fizeram longos períodos de meditação.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Trabalho na cozinha



Prática essencial da vida monástica no zen é o trabalho, uma distinção importante pois na Índia antiga os monges eram apenas mendicantes, a medida em que o budismo se deslocou para países frios e os monges passaram a viver retirados em montanhas, o trabalho passou a ser indispensável. Na foto Ryoten-San ajuda na cozinha durante o período de Angô em Yokoji, no inverno de 2010.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Oito poemas para treinar a mente


Os Oito Poemas para Treinar a Mente

Considerando todos os seres sensíveis
Superiores até à pedra preciosa que concede desejos,
Que eu sempre os preze mais que tudo
Para atingir a meta mais alta.

Quando em companhia dos outros,
Sempre verei a mim mesmo como o menor de todos
E, do fundo de meu coração,
Todos me serão caros e estarão acima de tudo.

Vigilante, no momento em que surgir uma ilusão
Perigosa para mim e para os outros,
Eu a enfrentarei e a afastarei do caminho
Sem demora.

Quando encontrar pessoas de má índole,
Dominadas por atitudes violentas, negativas, e por sofrimentos,
Serão as que prezarei como raras,
Como se encontrasse um tesouro precioso.

Quando as pessoas, por inveja, me maltratarem,
Insultarem ou outras coisas assim,
Aceitarei a derrota
E o oferecerei a vitória aos outros.

Quando alguém a quem fiz bem
E de quem muito esperei
Causa-me um mal indizível,
Vejo nele meu companheiro espiritual.

Em suma, direta e indiretamente, ofereço
Todo bem e felicidade a todos os seres sensíveis,
Minhas mães;
Que eu assuma em segredo a responsabilidade por
Todas as suas ações nocivas e sofrimentos.

Que eles não sejam maculados pelas noções
Das oito questões impuras.
E, conscientes de que todas as coisas são ilusórias,
Que possam, desimpedidos, livrarem-se da servidão.

Fonte: Livro de dias : mensagens de sabedoria e compaixão / Sua Santidade, o Dalai Lama ; tradução de Maria Luiza Newlands. – Rio de Janeiro : Sextante, 2001.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Por que a fé é tão frágil diante do sofrimento?


R: Porque somos frágeis e delicados, às vêzes não é possível ficar acima das circunstâncias e é necessário, sim, sofrer, saber que é um pedaço do inferno, mas que temos força para atravessa-lo mesmo chorando. Nós temos capacidade de atravessar estes campos lamacentos da vida, mas lá adiante existe o momento de refrigério, é preciso ter confiança nele, que bom que existe a impermanência! Ela permite que saibamos que os sofrimentos se esgotam.
Doutro lado, quem dentro de nós é que sofre com os insultos? É nosso desejo de ser amado, de ser reconhecido, é nosso pobre orgulho de sermos seres diversos, diferentes daquilo que ouvimos...como estar acima disto? Difícil,mas pelo menos podemos respirar fundo, esquecer as coisas tristes nos voltando para as boas, sei que quando experimentamos alguma esperança qualquer recaída é mais dolorosa, por que? Porque alimentamos a expectativa do futuro, porque saímos do presente esperando que tudo continue bom como naquele momento melhor, mas este momento não desapareceu, faz parte da mesma pessoa, ela é tudo isto, o bem e o mal misturados, o que será que nossos olhos podem ver através das aparências das emoções que animam o outro?
São as ações que são erradas, mas as pessoas no fundo tem a pura natureza búdica, é só o carma que as agita.
Saia um pouco e olhe o céu azul, as nuvens passam sem perturba-lo.

Estou aqui a seu lado,

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Vida Compassiva - Compaixão - Novo Livro


Lançado, pela editora Pragmatha, do livro “A vida compassiva – Compaixão”, da Monja Isshin, na Livraria Palavraria, em Porto Alegre.

A monja zen budista americana e naturalizada brasileira Isshin Havens, em Porto Alegre há quatro anos, ingressa no mercado editorial pela gaúcha Pragmatha. A obra “A vida compassiva – Compaixão”, em formato ecológico (papel reciclado é apenas grampeado, sem a utilização de cola), aborda questões como o que écompaixão, o valor dela na sociedade contemporânea e como podemos cultivá-la. A perspectiva da abordagem, segundo a monja, é a de que a prática da compaixão constitui um caminho espiritual independente de religiões.

O primeiro de uma série de cinco sobre o tema, o livro está dividido nos capítulos A noite escura da alma, Surfar nas ondas da vida, O Ego, e Compaixão é sentir com amor, e pode ser adquirido na Livraria Palavraria, em Porto Alegre, ou por e-mail (através da caixa de mensagem abaixo).

A monja Isshin Havens é orientadora espiritual das Sangas Águas da Compaixão, Aikikai e Energia Harmoniosaa, em Porto Alegre, e da Sanga Soto Zen de Pelotas. É palestrante da Universidade Falada, colaboradora/palestrante da Unipaz-Sul, membro-colaboradora do Colegiado Buddhista Brasileiro e parceira no Charter for Compassion (grupo interreligioso internacional) através da Sanga Águas da Compaixão.

Seu treinamento como monja da tradição japonesa de Soto Zen Budismo iniciou em São Paulo, onde recebeu ordenação de sua professora, Monja Coen, dando continuidade à sua prática em mosteiros do Japão e Estados Unidos. Atualmente é também aluna do Dôshô Saikawa Roshi, Superintendente (Sôkan) da Escola Soto Zen para a América do Sul.

SERVIÇO
Título: A vida compassiva – Compaixão
Editora: Pragmatha
ISBN: 978-85-62310-20-1
Site: http://monjaisshin.wordpress.com/
Preço: R$ 10,00 (na Palavraria)
R$ 15,00 (pelos correios)
Lançamento: 03/11/2010
Local: Livraria Palavraria
Endereço: Vasco da Gama, 165, Porto Alegre/RS
Telefone (51) 3268 42 60

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O que dizer quando não nos sentimos preparados?




R: Nós nunca estamos preparados, sempre precisamos correr atrás. De outro lado no zen um aluno não faz isto de recusar o que seu professor indica, seria como se ele pensasse que seu julgamento é melhor que o de seu professor, um indicativo de orgulho, portanto você deve somente aceitar e tentar fazer o melhor que pode, o que sabe, você não precisa ambicionar ser um exemplo, estou muito consciente que tenho os mesmos defeitos que você alega ter.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sempre iluminado?


P: Como e por que nossa natureza original iluminada, em "determinado " momento "caiu" na condição do samsara ?

R: Jamais aconteceu isso, o que sucede é que nossa natureza original é obscurecida pela falta de visão e pela ignorância, obter a iluminação é chegar a clareza e lucidez que vê sem obscurecimentos, ou seja sair da não compreensão para a compreensão. A capacidade de chegar a lucidez é o que chamamos de nossa natureza fundamentalmente iluminada.

P: Depois que nos tornamos ou nos reconhecemos iluminados, podemos novamente "cair" no samsara ? Ou aprendemos a lição e permanecemos iluminados para sempre ?

R: Sim, podemos, mas retornar é muito mais fácil. Na verdade nos primeiros estágios a compreensão não passa para a ação senão esporadicamente. Estar permanentemente agindo de forma iluminada é um nível altíssimo de realização.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Retiro para iniciantes no zen



O Sesshin, retiro zen tradicional, é uma oportunidade para aprofundarmos na prática através da introspecção e observação profunda.

Num de silêncio retiro zen budista, tentamos criar as condições exteriores e interiores que nos permitem afastar a agitação e dispersão da nossa mente. Num ambiente envolvente, observamos e praticamos o silêncio, procurando falar somente o indispensável durante as atividades coletivas.

A rotina de um sesshin envolve períodos de zazen (meditar sentado), intercalados com períodos de kinhin (meditar caminhando), palestras, oryoki (refeição em plena atenção), samu (atividades de limpeza do sodô), caminhadas meditativas, alongamentos e recitação de sutras.

Um retiro oferece à oportunidade de experienciar a vida de uma forma mais leve e receptiva. Ao estarmos mais atentos e conscientes de tudo, das nossas relações de interdependência com os outros, refinamos a nossa habilidade de vivermos no "aqui e no agora".

Local: Vila Fátima - Casa de Retiros Morro das Pedras - sul da Ilha de Sta. Catarina

Data: 12 à 15 de novembro de 2010

Início: 19hs do dia 12/11
Término: 13hs do dia 15/11

Valores: 210,00 - membros / 270,00 não contribuintes (podemos parcelar com cheque)


Inscrições e informações com Juliana: juliana@chalegre.com.br - (48) 9971.1323 - Vagas limitadas!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Meditar é pensar em nada? Ou não pensar?


R: A prática de meditação não é em absoluto de não pensar em nada, na verdade você permanece atento ao momento presente e deixa que os pensamentos passem sem se ater a eles ou segui-los, acrescentaria que pensar em nada é praticamente impossível porque o cérebro produz pensamentos por sua natureza, repito, no shikantaza, técnica principal do zen, a atitude é deixar que os pensamentos como nuvens passem pelo céu zul da mente sem perturba-lo. E retornar ao momento presente e estar atento a ele, sem considerações, é uma forma sutil de pensar, Dogen diz que é pensar além do pensar e não pensar, produz lucidez e clareza, no entanto tentar não pensar seria uma violência como tentar algo impossível, e isto , uma ordem paradoxal, um dilema insolúvel, capaz de causar dano.