sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A Natureza Última


Sanavasa vai até Ananda e pergunta-lhe, “qual é a natureza de todas as coisas?”, E Ananda mostra a ele seu manto, o manto é feito de retalhos, todos costurados uns aos outros, ele está querendo ensinar que todas as coisas são interconectadas e interdependentes. Sanavasa então pergunta, “Mas então qual é a natureza última de todas as coisas?”. Ananda então arranca o manto de Sanavasa, nesse momento ele desperta, pois entende com clareza e com seus sentimentos, não com seu intelecto, que todas as coisas são vazias. 


Um aluno perguntou ao mestre, “Mestre, no Dharma de Buda o que senhor pode me oferecer?” ao que o mestre respondeu, “Gostaria muito de lhe dar alguma coisa, mas no Zen só há uma bola de ferro incandescente pra ser engolida”. A primeira coisa a ser dita à um aluno é, “Você sabe que está condenado a morte? Eu posso salvá-lo desta angústia existencial, mas somente através da clareza e lucidez. Não através de alguma crença, fantasia ou promessa maravilhosa para depois da morte”. Como as pessoas estão atrás dessas promessas de reencarnações, espíritos permanentes, almas e paraíso, não ficam. Elas desejam crenças, não sabedoria. Por isso uma  Sangha com mais de 20 pessoas é muito raro, altíssimo nível.