quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A ideia de finitude do eu nos angustia



A voz de Budha não é extraordinária, ela está aqui todo o tempo. Mesmo nós estando aqui, vivos, a perdemos. Somos tocados pelos ventos das paixões, pelo nosso funcionamento, pelos nossos medos, ansiedades, desejos, por tudo. Nós somos impulsionados por tudo isso, é natural que seja assim. Ao mesmo tempo que essa mente potente é nossa grande oportunidade, ela também é nossa grande perdição. Temos uma grande capacidade de perceber, raciocinar, que não é a mesma de um animal, é mais sofisticada. O animal pode esquecer e viver do seu desejo imediato, e isso dá a ele uma vida plena naquele momento e retira o medo da morte, por exemplo, porque ele não a considera. Mas nós sabemos que vamos morrer e nosso eu desespera-se com essa ideia, ele se angustia. (continua)